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Nome: Katherine Lopes
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quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Urbanóides X Sertanejos

Certamente essas são as duas tribos mais antigas, e mais discutidas da humanidade. A diferença clássica entre urbanóides e sertanejos está em seu modo de vida, e assim como tudo possuem seus dois lados, seus prós e contras.

Sou uma urbanóide assumida, convicta, e feliz de minha posição. Já experimentei o gosto de ser sertanejo. O resultado foi que em poucas horas quase fui conduzida a um hospício, confortavelmente aconchegada em uma camisa de forças. Como diria minha avó: "-Cada um no seu lugar”.- E meu lugar é na metrópole.
Agora deixando minha posição de lado, vamos analisar as duas condições:

Urbanóides:
As pessoas que vivem em cidade grande, têm a sua disposição: informações; lazer; diversidade de culturas, gastronomia, arte e educação; são os primeiros, a saber, das novidades que chegam no mundo; podem sair de casa a qualquer hora do dia e terão acesso a qualquer comércio que tenham necessidade; podem trabalhar o dia todo, estudar a noite e fazer academia depois das 23hr; tem a facilidade de conhecer e fazer amigos das mais variadas regiões, etnias e culturas. Porém, para uma cidade ter essa classificação de CIDADE GRANDE ou METRÓPOLE, há a necessidade de que as pessoas trabalhem duro, muitas horas por dia. Tornam-se andarilhos perdidos no meio do mar de gente que se espalham pelas ruas e muitas vezes não dispõe de tempo para aproveitar as maravilhas que a cidade grande proporciona. Tornam-se pessoas frias, mas não por adotarem esta personalidade, e sim, por viverem ligados em 200v por 24hr/dia e muitas vezes passarem pela rua ao lado de um conhecido e nem perceber a presença da pessoa, a fim de dar um bom dia. Urbanóides que moram por anos em um condomínio e mal sabem o nome de seu vizinho, ou podem parar sua rotina diária para ir a festa de um parente ou amigo que faz aniversário. Não podem deixar os filhos brincando, sozinhos, descalços, jogando bola com os amigos na rua no final da tarde sem temer um assalto ou um acidente de carro que geralmente acontece na esquina de sua casa na hora do rush. Sem contar o fato de que no verão há uma concentração em massa de pessoas nos hospitais fazendo inalação devido ao nível alto de poluição que se instala sobre a cidade, afinal, onde há muita gente há muitos carros.

Sertanejos:
Ao contrário dos urbanóides, a vida em cidades pequenas é mais tranqüila, suave, livre de poluição, pois a maioria locomove-se de cavalo ou bicicleta, afinal, tudo é muito perto. Os vizinhos de conhecem, as cunhadas tomam chá da tarde juntas, as crianças brincam nas ruas sem medo de serem atropeladas, pode-se tomar um banho de cachoeira no final do dia, ou sentar na praça e jogar um dominó com os amigos. É normal cumprimentar todos que passam a seu lado na rua: “-Dia. –Tarde. –Noite”.– porque, afinal de contas não há necessidade de dizer o BOM na frente do cumprimento, é perca de tempo, é gasto desnecessário de saliva haja vista que a pessoa já sabe o que você quer dizer. Um maço de alfaces no mercadinho da esquina custa R$ 0,50 e o xuxu pode pegar na casa da vizinha que tem plantação. O prefeito passeia pelas ruas de cavalo, conhece cada morador pelo primeiro nome, e sua casa nem precisa de segurança armada. Porém, são pessoas que vivem cercadas de limitações culturais. Caso seus filhos queiram fazer um curso superior, terão que mudar de cidade. As opções de trabalho são restritas ao comércio, rural ou serviço público. A maioria dos sonhos das pessoas não ultrapassam a fronteira da cidade, afinal de contas, é meio assustadora a vida na cidade grande.

A questão é que, no final das contas urbanóides e sertanejos dependem um dos outros, pois um precisa dos alimentos produzidos no campo, e o outro precisa do enlatado fabricado na metrópole. Um precisa da notícia que vem das pequenas cidades com suas festas country e movimentos em prol da preservação da natureza, e o outro precisa do aparelho de TV e do âncora do telejornal para passar a notícia. Somos todos complementos, mãos e braços do mesmo corpo, e apesar das diferenças não deve haver preconceito, pois sem os sertanejos os urbanóides não existiriam, e vice-versa.

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3 Comentários:

Blogger Líviarbítrio. diz:

Muito bem explicada a comparação.
Por imposição eu sou urbanóide. Se tivesse que optar eu seria do campo. Nasci em cidade pequena e logo vim pra cidade grande.. e confesso, sinto falta da tranquilidade.

E isto que você disse é fato, um não vive sem o outro. Aliás, quantas coisas são complementos e nós nem percebemos?!

Gostei muiito.
Sim, logo logo texto novo!
Um beijo.

4/10/07 14:20  
Blogger Guga Detoni diz:

Primeiro, agradeço o comentário sobre o artigo que escrevi.

Segundo, curti muito a comparação. Falo em alguns dos meus posts sobre um êxodo urbano, acho que essa é uma idéia a ser pensada por nossos políticos, não só uma distribuição de terras, sim um melhor posicionamento.
Cosntrução de núcleos interiores maiores, e grandes cidades menores.

O ser "dito humano", não consegue enxergar que todo o universo precisa de harmonia. Esta acho que é a chave.

Em terceiro e último
vai ser lincada neste instante.

PENAR, PENSAR, PENSAR

5/10/07 11:37  
Blogger Bárbara Lemos diz:

É... também sou urbanóide. E muito.

Obrigada pelas palavras, moça. Estudo jornalismo, mas não aprendo a escrever "literatura" no curso, de modo algum. É algo meu mesmo.


Bisous.

13/10/07 02:57  

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